Age of Wushu

Visão global

Age of Wushu introduziu uma lufada de ar fresco no teatro dos MMORPGs através de sua mecânica de jogo mais centrada no conceito sandbox e um combate mais direcionado para o PvP ao invés de ficar horas e horas a fio fazendo grinding e acumulando pontos de experiência.

O personagem terá como armas as suas próprias mãos e o mundo faz bem uso disso, demonstrando as artes marciais típicas da China em todo o seu esplendor.

Para o jogador mais casual, o mundo está disponível para fazer de tudo o que quiser, nem que seja simplesmente para ver as maravilhosas vistas que tem para oferecer.

Recomendado para quem quiser ter uma experiência diferente do usual num MMORPG

Revisão completa

Age of Wushu não é um MMORPG muito convencional. Contrário à maioria dos jogos de fantasia que povoam a Internet, nos quais a fórmula básica passa por completar simples missões, normalmente com doses abundantes de chacina indiscriminada de inimigos que pontilham os mapas, Age of Wushu foca mais no aspeto de PvP e num estilo de jogo tipo sandbox, no qual você pode fazer o que bem entender.

Aspeto geral

O mundo de Jianghu adota um estilo oriental baseado nas antigas dinastias chinesas e transborda com toda uma atmosfera Zen. Embora não sejam nada de transcendente, os gráficos são de elevada qualidade e certas paisagens irão suscitar alguns momentos de abrir a boca. A trilha sonora acompanha o espírito do jogo com sons tipicamente orientais e que certamente irão ajudar muitos a relaxar. Um ponto mais fraco no jogo tem a ver com as traduções para o inglês, que são bem pobres além de ter uma quantidade de texto incrivelmente longa se quiser seguir o enredo do jogo o que pode levar muitos jogadores a terem ataques de narcolépsia em frente ao computador. Infelizmente o diálogo com os personagens espalhados pelo jogo também é à base de texto, mas quem sabe a galera da Snail resolve isso contratando uns atores para dublarem no futuro.

Jogabilidade

O jogo começa com a seleção de seu personagem, que ao contrário do que se vê na maioria dos outros jogos, aqui só pertence à raça humana, não tendo também nenhuma classe específica. Pode escolher uma de quatro histórias disponíveis para o seu personagem e personalizar a sua aparência antes de ser transportado para o jogo em si.

A fase de tutorial inicia em sua aldeia, onde terá que cumprir algumas missões simples seguida de...bem...você é que vai decidir essa parte. Sendo um jogo em formato de sandbox ou mundo livre, os jogadores são livres de perseguirem os objetivos que quiserem, sejam eles missões, seguir o enredo de sua história, entrar em partidas PvP, instâncias ou simplesmente se dedicar a fabricar itens pra vender. O mundo é seu, basicamente.

Entre as mais variadas coisas que você pode fazer, uma delas é ingressar numa escola (das quais seis são consideradas boas e duas são más) ou então seguir o seu percurso sozinho. Obviamente, juntando-se a uma escola poderá aprender as artes marciais tipícas de cada uma e ganhar mais poder. A sua escolha também pode ser condicionada ou condicionar certos aspetos do jogo, por isso terá que escolher bem.

O combate funciona na base de ataques simples num estilo de pedra-tesoura-papel junto com habilidades extra que podem ser liberadas pelo consumo de pontos de fúria que vai acumulando com o tempo. De uma forma geral o combate não é um dos pontos mais fortes do jogo, não sendo muito fluído e sofrendo muitas vezes de lag, mas quando você está voando pelo meio das árvores e entrando em combate com um inimigo, essas partidas dão uma boa graça ao jogo.

O PvP é sem dúvida a área que mais foco tem no jogo, onde são incentivadas batalhas entre guildas rivais e a ação floresce. Para os jogadores que não gostam de PvP tem muitas outras actividades que pode fazer, e todas envolvem até certo ponto alguma componente multiplayer, nem que seja comprar comida pra um jogador que esteja vendendo no mercado, senão seu personagem morre à fome (feito um Tamagotchi).

O sistema de fabrico de items também teve uma ligeira remodelação quando comparado com outros títulos. Aqui você tem que completar mini-jogos para conseguir produzir um item qualquer e embora isto acabe se tornando repetitivo, é um componente essencial para o funcionamento do jogo trazendo vida para os mercados onde você pode vender e comprar o que necessita.

A sua progressão ao longo do jogo também foge um pouco ao habitual dos MMORPGs, funcionando mais na base de evoluir o nível de suas habilidades e não o nível do seu personagem.

Outro aspeto interessante acontece quando você loga fora do jogo. Nesse ponto o seu personagem adquire vida própria e faz as coisas mais aleatórias desde virar pedinte nas ruas até poder ser uma vítima de rapto por outros jogadores (embora isso não traga consequências negativas pra você).

Cash Shop

Por todos os pontos positivos que Age of Wushu tenha, o peso da cash shop não é um deles. Sendo um título grátis, ele não é muito convidativo para jogadores normais, principalmente por ser impossível para estes acumularem experiência e evoluirem enquanto se encontram offline. Isto confere uma enorme vantagem aos membros VIP.

Conclusão

Embora esteja longe de ser perfeito, Age of Wushu é um título que merece a atenção dos jogadores, principalmente pelo esforço que fizeram em tentar destaca-lo minimamente do resto dos MMORPGs que andam por aí.

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Review summary

1. Aspeto geral
2. Jogabilidade
3. Cash Shop
4. Conclusão