Um mundo de fantasia gigantesco, detalhado, povoado por inúmeros seres, sujeito a condições atmosféricas, cheio de lugares místicos e diferentes. Numa palavra, perfeito.
Perfect World é um MMORPG de fantasia grátis baseado no cliente com cenários absolutamente deslumbrantes, missões ricas em conteúdo e essencialmente muitas horas de diversão. A premissa do jogo assenta em vários elementos da mitologia chinesa, o que é óbvio logo desde o ínicio na arquitectura, música, personagens, etc.
Ao longo dos anos (foi lançado em 2008) foram sendo lançadas novas expansões ao jogo, com novo conteúdo para jogadores de todos os níveis e novas classes. Na expansão actual, New Horizons, existem 5 raças com 2 classes distintas em cada uma o que resulta em 10 possíveis escolhas para criar um novo personagem. Fora isso, um dos maiores atributos que este jogo possui é a capacidade de personalizar profundamente as personagens.
O mundo em si é enorme e incrivelmente detalhado, o que é um feito impressionante num jogo grátis. Jogadores principiantes vão adorar explorar todos os cantos, uma vez que são livres de irem para qualquer sítio enquanto que os jogadores mais antigos optarão por entrar em missões com outros jogadores em masmorras ou guerras PvP com outras facções por controlo de secções do mapa.
Pedindo emprestados elementos da mitologia chinesa, o mundo de Perfect World começa com o deus Pangu a criar um novo mundo a partir de 5 elementos principais (Metal, Madeira, Terra, Água e Fogo).
Este mundo é povoado por 5 raças e cada qual com duas classes distintas: a raça dos Humanos com as classes de Mago e Guerreiro, a raça dos Guardiões com as classes de Arcano e Místico, a raça dos Alados com as classes de Arqueiro e Sacerdote, os Selvagens com as classes de Bárbaro e Feiticeira e os Abissais com as classes de Psiquíco e Assassino. Infelizmente (ou felizmente, senão não tinha piada) o mundo também é povoado por espectros malignos com tamanha variabilidade que se pode quase dizer que este mundo é um verdadeiro ecossistema.
Os cenários são de tirar o fôlego e também são um reflexo da "perfeição" deste mundo. É impossível ficar indiferente às paisagens montanhosas a perder de vista ou percorrer quilómetros de deserto pontilhado aqui e ali com um oásis e olhar para o céu e ver um castelo a flutuar nas nuvens. Tudo neste mundo possui uma estética caracteristicamente oriental. A música não é excepção e chega a ser um bálsamo para os ouvidos, permitindo quase atingir um estado Zen.
Os movimentos básicos são simples de aprender. Um pouco mais frustrante é o controlo da câmara no início do jogo, mas é uma questão de tempo até se criar o hábito. Outro aspecto que é confuso, mesmo após algum tempo de jogo consiste na UI (interface do utilizador), a qual não é devidamente apresentada e o seu funcionamento não é explicado. Um exemplo disto ocorre quando se quer combinar um item qualquer que se adquiriu numa missão com uma arma por forma a melhorar as características do ataque e a interface não dá nenhuma indicação de onde se tem de clicar ou que items são permitidos para fazer modificações, etc. Com tempo e dedicação acabam por se descobrir as funcionalidades todas, mas não deixa de ser um aspecto frustrante para os jogadores principiantes.
O sistema de combate é bastante intuitivo no início. Basta apontar com o rato e clicar no inimigo. Com o tempo descobrem-se mais funcionalidades do jogo como as Macros, que permitem usar várias habilidades em sequência. Os items que se recolhem ao longo do jogo também são essenciais para evoluir, adquirindo assim novos atributos para enfrentar inimigos cada vez mais poderosos.
As missões são fornecidas conversando com NPCs espalhados por todo o mapa, principalmente nas cidades. Caso se dêem ao trabalho de ler os diálogos dos personagens, o enredo destas missões consegue ser interessante. As missões são divertidas para aprender a jogar e evoluir nas fases iniciais do jogo, mas com o tempo têm tendência para se tornarem frustrantes, uma vez que resultam em pouca recompensa por esforços relativamente altos.
A evolução do personagem passa por ganhar pontos de experiência para subir de nível (EXP) e também pontos de espírito (SPIRIT) para adquirir e evoluir diferentes habilidades. Ao mesmo tempo acumula-se dinheiro que é largado em abundância pelos inimigos, com o qual se podem comprar melhores equipamentos, embora para isso se tenha que acumular muito, muito, muito dinheiro.
Os jogadores de níveis mais elevados acabam por optar por fazer missões em masmorras, as quais têm um nível de dificuldade muito mais elevado do que o das missões normais, exigindo a que os jogadores se juntem em equipas de até 6 elementos.
O combate PvP é permitido para jogadores acima do nível 30 fora de áreas protegidas. Neste ponto o jogo acaba por revelar pontos fracos que se devem ao uso da Cash Shop por alguns jogadores, beneficiando-os desproporcionadamente. Isto é particularmente frustrante para aqueles jogadores que após largos períodos de tempo a evoluirem as suas personagens sem recorrerem à Cash Shop são vencidos quase sem esforço por jogadores com mais possibilidades financeiras e que adquirem habilidades e items trancados a todos os outros.
Outro elemento comum ao género é o de construir novos items a partir de materiais base. Para tal existem diversas profissões que podem e devem ser aprendidas ao longo do jogo: Ferreiro, Alfaiate, Joalheiro e Boticário. Estas são importantes para se produzirem, por exemplo, novas armas, armaduras e poções.
A cada passo, enquanto se fazem as missões dos níveis iniciais vai-se de encontro a outros jogadores. É possível meter conversa com eles ou até recorrer a um dos muitos Emotes (abraços, beijos, etc.) para estabelecer relações. Eventualmente podemos ser convidados para entrar em facções e formar equipas para enfrentar as missões em masmorras. De uma forma geral os outros jogadores estão sempre dispostos a ajudar, quer com indicações, dinheiro (do virtual, claro) e até a procurar items.
A Cash Shop não é muito influente neste jogo, ou dizendo melhor, não é preciso gastar um cêntimo para fazer as missões, as masmorras, explorar o mundo, etc. O problema com a Cash Shop afecta principalmente o modo PvP, como disse atrás, beneficiando largamente quem gasta dinheiro e deixando os outros sem hipótese nenhuma de vencer.
Embora as opiniões possam divergir, este jogo é um pequeno tesouro tendo em conta as horas de entretenimento que ele dá a custo zero. A influência da Cash Shop torna-se mais evidente em jogadores de níveis mais elevados e dentro destes, nos jogadores mais hardcore. Para o jogador casual é um perfeito jogo para relaxar um pouco sem ter que puxar da carteira e com tempo suficiente é perfeitamente possível de evoluir as personagens até aos níveis mais elevados. Os pontos mais altos são sem dúvida os cenários, a música e a simples grandiosidade do mundo disponível para ser explorado. Por outro lado tem alguns aspectos que podem ser mais polidos, principalmente a interface do utilizador que é um pouco confusa e a desproporção entre jogadores que fazem uso da Cash Shop e todos os outros. Veredito final: Recomendo vivamente!
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Cenários e música
Missões em grupo
Personagens altamente personalizáveis
Contro
Missões tornam-se um pouco repetitivas
UI confusa
Desigualdades entre jogadores
Pro
Contro
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