World of Warships

Visão global

O mais novo título da Wargaming.net, autora dos jogos World of Tanks e World of Warplanes é o World of Warships, fechando uma trilogia de jogos baseados na Segunda Guerra Mundial, cada um focado em aspectos diferentes militares. Como o nome diz, este é focado em combate naval, com uma enorme flotilha de navios para a escolha dos jogadores e partidas com muita ação, explosões e gráficos impressionantes. Vale ressaltar que esta review está baseada sobre o Beta do jogo, então alguns fatores podem mudar até o lançamento da versão final do jogo.

Trailer

Revisão completa

World of Warships leva os jogadores ao mundo dos cruisers, destroyers e até porta-aviões, durante a Segunda Guerra Mundial. Da mesma família dos jogos World of Tanks e World of Warplanes, este jogo introduz a parte de batalha naval deste universo de jogos da Wargaming.net para combates em alto-mar, usando navios americanos, japoneses ou russos.

O jogo tem uma premissa básica – combate entre dois times de 8 a 12 jogadores cada, com objetivos também dispostos pelo mapa. O jogo não tem um tutorial (ainda), mas jogadores novatos podem apenas participar das Co-op Battles, que são partidas contra oponentes controlados pela inteligência artificial do jogo. Essas partidas acabam substituindo a necessidade de um tutorial, introduzindo aos jogadores novatos como o jogo funciona.

Com certeza, a influência de shooters no geral é óbvia, especialmente nos controles. Mas este jogo adapta estes controles para um jeito relativamente mais realista, e que faz mais sentido do jeito que se controla um navio de guerra. Ainda sobre os controles, eles são relativamente básicos – as teclas WASD servem para navegar o navio em si, enquanto com o mouse os jogadores podem mirar e atirar seus alvos. Logo dá para reparar que para os jogadores acertarem bem seus tiros, é preciso um bocado de prática e compreensão da estratégia necessária para ser bem sucedido no jogo - todos os navios têm uma distância de ataque enorme, então é preciso estimar a trajetória tanto dos tiros quanto dos inimigos. Além disso, em cada partida, os jogadores só têm uma “vida”, então é preciso também tomar muito cuidado com posicionamento e movimentação pelo mapa para não serem eliminados rapidamente. Ou seja, não recomendo ir aos objetivos com muita pressa!

As opções de navios no jogo são interessantes, pois cada tipo de navio tem uma função que desempenha melhor, ainda mais se o time trabalhar em sintonia com esses diferentes papéis. Por exemplo, os cruisers (o navio inicial é um) são navios de alta versatilidade, sendo rápidos e com armas anti-aérea. Os destroyers são os causadores de dano, com canhões e também os torpedos, arma que causa dano extremo a qualquer navio inimigo. Já os battleships são os navios estilo “tanque”, que são bastante resistentes, mas também podendo causar uma quantidade considerável de dano. E, por último, mas provavelmente os mais diferentes, são os carriers. Os carriers são os porta-aviões, e eles adicionam um elemento meio no estilo RTS (estratégia em tempo-real, como Company of Heroes ou Starcraft) no controle, pois com eles os jogadores podem enviar esquadrões de aviões para atacar navios inimigos (é para combatê-los que as armas anti-aérea dos cruisers servem!).

É bem claro que este jogo segue uma linha como os outros da Wargaming.net, colocando um peso grande no aspecto de competição do jogo. Ainda que só esteja em beta, logo se vê que, como nos outros jogos, a empresa quer não só fazer um jogo divertido, mas também extremamente competitivo para se estabelecer como um competidor na cena de esports. Isso se vê, por exemplo, no formato que é usado para manter o equilíbrio entre os diferentes navios e seus subtipos. Na tech tree, existem vários tiers, ou níveis, de navios que são comparáveis entre si, não importando se é americano, japonês ou russo. Isso também é visto na composição dos times – o matchmaking parece funcionar bem em tentar manter os times equilibrados em termos de tier e o tipo dos navios que os jogadores escolheram. Isso promete manter as partidas equilibradas e competitivas, sem dar vantagem a nenhum time.

Esse equilíbrio também se vê na cash shop, que, até então, só dá acesso a poucos navios premium (que são bem equilibrados, comparados aos acessíveis com dinheiro do jogo) e créditos do jogo. Como é de praxe nos outros jogos desta desenvolvedora, a única influência da cash shop é a sua conveniência – ela acelera o acesso a outros navios para que os jogadores não precisem grindar para liberar os navios de sua preferência. Mas é perfeitamente possível liberá-los apenas jogando e conseguindo créditos e pontos de experiência.

Conclusão

 

Para reiterar, esta review foi feita com o jogo em Open Beta, mas dá para ter uma noção boa para onde este jogo está direcionado. É um jogo bem feito e polido, com uma grande atenção aos detalhes de mecânica na maneira que se interage com os navios e os armamentos. Os gráficos, como os outros da empresa, são de ótima qualidade que não ficam para trás de nenhum outro jogo AAA. O combate é gratificante, ainda mais quando se acerta uma saraivada de tiros de canhão em cheio – dá uma ótima sensação de dever cumprido! Se tudo correr como está para o lançamento da versão final do jogo, a Wargaming.net pode ter certeza que seu dever foi cumprido.

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Review summary